quinta-feira, 11 de novembro de 2010

EU LEMBRO COM NOSTALGIA/DA AURORA DE MEU VIVER

Eu brincava com areia
Carrinho de rolimã
Chorava toda manhã
Para não tomar aveia
Fazia bola de meia
Era bom moleque ser
Por que é que fui crescer?
Isso aí jamais queria
EU LEMBRO COM NOSTALGIA
DA AURORA DE MEU VIVER

Fazia muita careta
Pra tomar medicamento
Era amargo... sofrimento!
Mas depois vinha a chupeta
Inda lembro: branca e preta
Para meu choro conter
Funcionava, pode crer
Com ela me acalmaria
EU LEMBRO COM NOSTALGIA
DA AURORA DE MEU VIVER

Quebrava muita vidraça
Prato, copo de cristal
Um pobre pote de sal
Tigela, travessa e taça
Até litro de cachaça
Que não era pra beber
Vi o dono enlouquecer
Tudo isso eu escondia
EU LEMBRO COM NOSTALGIA
DA AURORA DE MEU VIVER

Como eu tinha a vantagem
De ser maior que o irmão
O mano na minha mão
Penava. Que sacanagem!
Era tanta a traquinagem
Que meu pai vinha bater
Me botava pra correr
Ou então castigaria
EU LEMBRO COM NOSTALGIA
DA AURORA DE MEU VIVER

Balanço, escorregador
Carrosel e pula-pula
Doces e doces. Que gula!
Canjica, maçã-do-amor
Confeitos de toda cor
Passava mal ao comer
Como me dava prazer
Meu mundo de fantasia
EU LEMBRO COM NOSTALGIA
DA AURORA DE MEU VIVER

Chegou a maturidade
Foi-se o tempo de criança
Agora já tem cobrança
Tem responsabilidade
Também tem seriedade
A família pra manter
Muitas contas pra vencer
Embora tenha alegria
EU LEMBRO COM NOSTALGIA
DA AURORA DE MEU VIVER

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