Diversos nomes já teve
A moeda do Brasil
Desde quando aqui surgiu
O dinheiro português
Um passeio eu inicio
Por essa nomenclatura
Uso da literatura
Pra levar isso a vocês
Circulavam cá os RÉIS *
Na fase colonial
E também na imperial
Um tempo foram usados
Veio depois o MIL-RÉIS
Vários decênios ficando
Nesta terra vigorando
Nos negócios celebrados
Ano de quarenta e dois
Ocorreu alteração
Na moeda da nação
No bolso do brasileiro
Cada unidade dele
A mil réis equivaleu
Este nome recebeu:
O conhecido CRUZEIRO
Após vinte e cinco anos
Não se mostrava tão forte
Por esse motivo, um corte
De mais três zeros se fez
Entrava em circulação
O tal de CRUZEIRO NOVO
Outro nome, então, meu povo
Pra moeda dessa vez
Em setenta o nome volta
É CRUZEIRO novamente
Rabatizado somente
Um pra um a paridade
Nova cara pra moeda
Por aqui se estabelece
E nenhum zero perece
Não houve necessidade
O ano é oitenta e seis
Faz-se a modificação
Surge a denominação
Qual golpe de pugilismo
Três zeros saem de cena
Mais um nome foi bolado
Um pra mil, vem o CRUZADO
Assim, fez-se o rebatismo
Início de oitenta e nove
O nome foi estendido
Desse jeito concebido
O dinheiro circulante
Chegava o CRUZADO NOVO
Valendo um para mil
Os três zeros suprimiu
A galera governante
Em noventa se promove
Uma sensível mudança
O bloqueio da poupança
Velho nome pra moeda
O CRUZEIRO volta à tona
Conservando o valor
Que tinha o antecessor
Dos zeros não houve queda
Corria noventa e três
Três zeros - volta a rotina
Caíram, que dura sina
Em nosso pátrio cenário
Ali foi instituída
A moeda nacional
Nosso CRUZEIRO REAL
Era padrão monetário
O ano noventa e quatro
Do REAL marca o início
Foi maior o sacrifício
Da moeda precedente
Foi dois mil e setecentos
Mais cinquenta a equivalência
Da que está hoje em vigência
Para sua antecedente
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* Réis: plural de Real, a moeda portuguesa da época
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