No Brasil imperial
Resquício colonial
Ainda estava presente
A cruel escravidão
Era infame opressão
Num país independente
No século dezenove
O nosso império promove
A medida inaugural
Levantou a sua voz
O Eusébio de Queirós
Com um diploma legal
A lei cinco, oito, um
Não permitia nenhum
Ato de "importação"
Quem o negro traficava
A norma logo enquadrava
Numa grave infração
Vinte e um anos mais tarde
Esse sistema covarde
Conheceu outra derrota
O Visconde do Rio Branco
Como quem diz: essa banco!
Em pauta outra norma bota
Lei do Ventre Livre fala
Pr'alegria da senzala:
Os filhos dos oprimidos
A partir do regramento
Teriam seu livramento
Assim que fossem nascidos
Um projeto conhecido
Em seguida concebido
Pelo grande Rui Barbosa
O baiano mui letrado
Na função de deputado
Propôs a lei generosa
Lei Saraiva-Cotegipe
Dispensava da equipe
Dos senhores salafrários
Os sofridos serviçais
De sessenta e cinco ou mais
A "Lei dos Sexagenários"
Há cento e vinte e dois anos
Finalmente, aqueles planos
D'uma liberdade plena
Pelas mãos de Isabel
Foram postos no papel
Lei Áurea entrou em cena
A filha do Imperador
C'o ato libertador
Até hoje é benquista
Treze de maio, assim
Foi dia que teve fim
O sistema escravagista
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