Cordelista conta história
Conta causo, até piada
Puxa a rima da memória
A obra é metrificada
Seja a quadra ou quintilha
A sextilha, a setilha
Brilha de qualquer maneira
A oitava usa bem
E a décima também
Faz estrofes como queira
Na silábica contagem
Redondilha predomina
A Maior leva vantagem
A Menor pouco fascina
O Martelo dá "ibope"
Juntamente c'o Galope
São usados nos escritos
Pois versos com simetria
Soam como melodia
E ficam demais bonitos
Os temas são variados
O campo, cidade ou mar
Os amores já passados
As dores a perturbar
As tristezas, as agruras
Infortúnios, desventuras
Põe de tudo no papel
Alegrias e surpresas
Os encantos e belezas
São matéria de cordel
A pena desse poeta
Gera risos, gera sonhos
Transformar possui por meta
Dias tristes em risonhos
Leva amor aos corações
Com as belas criações
Que sua mente concebe
Tem leveza, tem humor
O aplauso do leitor
É o prêmio que recebe
Leandro Gomes de Barros
Maior de todos talvez
Ninguém nunca tirou sarros
Das obras que ele fez
Porque tinham qualidade
Além de variedade
Grande mestre nesse estilo
Nestes versos que desfio
De homenagem, elogio
Certamente vou cobri-lo
A bandeira nacional
Exaltada nesse dia
Coincidência legal
Pro mundo da poesia
Dezenove, que maneiro
Do mês décimo primeiro
A bandeira da cultura
Uma nova estrela ganha
Que nas letras se entranha
Competente criatura
Os poetas populares
Cumprimento, satisfeito
São tão lindos seus cantares
Nas estrofes me deleito
Essa verve, esse talento
Enchem de contentamento
Os que leem, felizardos
Nobre amigos, pra vocês
Um abraço mui cortês
Meu apreço, ilustres bardos
* 19 de novembro, data em que nasceu o genial Leandro Gomes de Barros, é o Dia do Cordelista.
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