quinta-feira, 11 de novembro de 2010

14 BIS: O VOO DO NOSSO HERÓI

Nosso país é nação
De um inventor do bom
Foi o Pai da Aviação
Alberto Santos Dumont
Concebeu sua ideia
Lá em terra europeia
Era um cabra engenhoso
Botou o Quatorze Bis
Lá nos ares de Paris
Pra voar, todo orgulhoso

Muito hábil engenheiro
Começou no balonismo
Um talento verdadeiro
Sempre cheio de otimismo
"Amérique" e "Brazil"
Dentre outros construiu
Disputou competições
Um sucesso c'os franceses
Fez brilhar diversas vezes
Seus grandiosos balões

Criou vários dirigíveis
E também foi premiado
Nos inventos tão incríveis
Sujeito desenrolado
"Ene Um" foi o primeiro
"Ene Treze" o derradeiro
Deste aí - quanta maldade
O papel não foi cumprido
Pois antes foi destruído
No chão pela tempestade

Denodado lutador
Certamente era capaz
Nosso bravo aviador
Da meta correu atrás
Para conquistar o céu
E ganhar o seu laurel
Fazendo subir sozinho
Um pesado experimento
Pra poder cortar o vento
Sonhava c'o aviãozinho

Caminhava para a glória
C'o primeiro aeroplano
Perto estava da vitória
Esse grande ser humano
Depois Deus lhe ilumina
Surge a "Ave de Rapina" *
Engenhoca show de bola
Mas essa versão, contudo
A ninguém aqui iludo
Por si mesma não decola

Após implantar melhoras
No projeto original
Eram quase cinco horas
Duma tarde especial
Em outubro, vinte e três
Mil, novecentos e seis
Ele sobe finalmente
Apenas c'os próprios meios
sem dispor de auxílio alheio
Foi um marco realmente

Esta data é registrada
Na memória do planeta
Apesar da gringaiada
Ter inveja e ser xereta
Irmãos Wright não fizeram
Aquilo que propuseram
Pois voaram com ajuda
Eu não sou lelé da cuca
Essa marca é dum brasuca
Isso aí ninguém mais muda


* Ave de Rapina: tradução de "Oiseau de Proie", apelido em francês dado ao 14-BIS

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