quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O VAGA-LUME E A SERPENTE

Certa feita, cintilante
Piscando pela floresta
Vaga-lume radiante
Fazendo da vida festa
Quando surge de repente
Era um macho de serpente
Que queria lhe comer
Ele foge assustado
Daquele bicho danado
Surpreso, sem entender

A batalha persistia
Pela noite afora, então
O inseto pararia
No meio da escuridão
Vencido pelo cansaço
Respirou ele um pedaço
Num ramo de margarida
Quis saber de seu algoz
Por que estava feroz
Querendo ceifar sua vida

Perguntou o tal inseto
Para seu perseguidor:
Ei, cara, seja correto
Me esclareça, por favor
Pra você eu já fiz mal?
Respondeu o animal:
Nunca, nem me deu um tapa
Sua cadeia alimentar
Estou ela a integrar?
Certamente não, meu chapa

O bichinho está surpreso
Não havia um motivo
Pergunta: sou indefeso
Por que não me deixa vivo?
O outro foi rastejando
E disse quase bufando:
Por total necessidade
Ouça isto bem, meu filho
Não suporto ver seu brilho
Essa é toda a verdade...



* Adaptação da parábola

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