quinta-feira, 11 de novembro de 2010

HOMENAGEM AO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

No Brasil colonial
O negro foi maltratado
Um sofrido serviçal
Cruelmente dominado
Sobretudo ao africano
Tratamento desumano
Foi dado pelo senhor
Na rotina degradante
Sua vida, que humilhante
Tinha um ínfimo valor

No engenho brasileiro
E também na agricultura
Inclusive até mineiro
Explorando a pedra dura
Trabalhava dia a dia
Por vezes até servia
Na casa de seu patrão
Quão penosa essa labuta
Não há o que se discuta
É história da nação

Alforria era almejada
Um sonho de livramento
Muitas vezes era dada
Pelo bom comportamento
Noutras essa liberdade
Vinha da boa vontade
De seu "dono", com certeza
Junto a este tinha abrigo
Mas perene era o castigo
Por tamanha malvadeza

Perdurava essa tortura
Já findava a paciência
Essa tal escravatura
Encontrava resistência
Pra fugir dos opressores
Aqueles trabalhadores
Criaram certos locais
Onde estavam protegidos
Que ficaram conhecidos
Por quilombos, nada mais

O refúgio mais falado
O Quilombo dos Palmares
Até hoje é comentado
Em vários milhões de lares
Conheceu a liderança
A imagem da esperança
Dos residentes dali
Pras bandas das Alagoas
Conduziu várias pessoas
O tão notável Zumbi

Pela causa defendida
Esse cara foi benquisto
A bandeira foi erguida
Com denodo jamais visto
E a luta não cessou
É fato que demorou
Ter um fim a escravidão
Espalhou-se, entretanto
No país por todo canto
A ideia da abolição

Marcando presença forte
Nos relatos pertinentes
A data de sua morte
Gravada ficou nas mentes
Há muito tempo é lembrada
Homenagem adequada
A um grande lutador
Merecida deferência
Pois da Negra Consciência
Hoje é dia, meu leitor

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