quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

DEUS NUNCA ERRA

Existia um certo rei
Cheio de incredulidade
Duvidava que Deus Pai
Tivesse mesmo bondade
Um de seus servos dizia
Toda hora, todo dia
Para aquele soberano:
"Tudo que por Deus é feito
É realmente perfeito
Pra seus filhos tem um plano"

Numa ocasião saíram
Em caçada, lado a lado
Eis que sua majestade
Por fera foi atacado
O mencionado animal
Levando um golpe letal
Pelo servo é morto, então
Do rei se preserva a vida
Mas por causa da mordida
Perdeu um dedo da mão

Mesmo sendo salvo o rei
Foi ingrato, muito azedo
De Deus de novo reclama
Por ter perdido seu dedo
O seu servo é assertivo:
"As coisas têm um motivo
Deus é bom, meu rei prezado"
Ao ouvir essa resposta
Irritado, ele não gosta
Manda prender o criado

Em nova caçada o rei
É pego por uns selvagens
Foi levado a sacrifício
Pois fariam homenagens
Aos deuses com sua morte
Entretanto, teve sorte
Devido ao dedo faltoso
Não seria o ideal
Pra fazer o ritual
Foi solto, saiu airoso

Em alívio transbordante
E total felicidade
Voltando para o palácio
Pôs o servo em liberdade
Relatou o ocorrido
Se mostrando agradecido
À Força Celestial
Não entendeu, todavia
Por que Deus permitiria
A prisão do serviçal

O servo fala, tranquilo:
"Se fosse lhe acompanhar
Seria sacrificado
Meu senhor, em seu lugar
Eu não tenho dedo ausente
Tombava morto... Evidente!
Por isso que sempre digo
Nosso Pai, o Criador
Do que faz é sabedor
Acredite nisso, amigo"


* Adaptação de belíssima mensagem recebida por e-mail da amiga poetisa MÁRCIA KALINE .

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