sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O FARISEU E O PUBLICANO

Desde os tempos mais remotos
Alguns de boa conduta
Celebram a sua índole
Devido ser impoluta
Confiança em demasia
Vira e mexe produzia
Muita altivez e desprezo
Jesus Cristo certa feita
Esse quadro não aceita
Criticou tal menosprezo

O Nazareno contou
A história aqui mostrada
Por dois homens tal passagem
Fora protagonizada
Um encontro conhecido
A você, leitor querido
Em versos agora explano
Quem são eles? Quer saber?
Eu informo com prazer:
Fariseu e publicano

Os sujeitos vão ao templo
Pra fazer sua oração
O citado fariseu
Faz a própria exaltação:
"Agradeço, Pai dos pais
Pois não sou como os demais
Todos cheios de pecado
Pra ser um justo me esmero
Não roubo, não adultero
Nem sou feito o cara ao lado"

"Duas vezes por semana
Oh, Deus Supremo, jejuo
E dou dízimos, Senhor
De tudo quanto possuo"
Assim, o homem completa
Expondo essa vida reta
Soberbo, cheio de si
Naquele mesmo recinto
Porém, de modo distinto
O outro orava ali

O publicano nem volta
Para os céus o seu olhar
Batendo forte no peito
Começa, então, a falar:
"Oh, Deus de grande bondade
Conceda-me a piedade
Porquanto peco bastante
Preciso da compaixão
Estenda, Pai, Sua mão
Para que siga adiante"

Após narrar a parábola
Jesus falou: "o segundo
Retornou justificado
Pra casa donde oriundo
Quem se porta humildemente
Como fato decorrente
Deve ser, pois, exaltado
Quem a si mesmo sublima
Querendo ficar por cima
Ao contrário, é humilhado"

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* Adaptação da parábola bíblica (Lucas 18:9-14)

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