terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A TEIA DE ARANHA

Um homem sofria horrores
Correndo de malfeitores
Por quem era perseguido
Se, quiçá, fosse alcançado
Tombaria assasinado
Portanto, viu-se perdido


Achando uma trilha estreita
O camarada aproveita
De sua estrada desvia
Entra logo na floresta
O desespero lhe infesta
Numa prece se alivia


Naquele estado cruel
Pede dois anjos do céu
Pra fecharem dita trilha
Daquele modo imagina
Modifica sua sina
Dos outros se desvencilha


C'os caras mais e mais perto
O homem vê, boquiaberto
Uma aranha bem pequena
Tecendo ali sua teia
Com medo, ele se aperreia
Por causa daquela cena


Com Deus fala novamente:
"Oh, meu Pai, Onipresente
Dois anjos foi meu pedido
Estou passando um apuro
Coloques ali um muro
Não me deixes ser vencido"


Muro não foi colocado
Ele contempla, assustado
Simplesmente aquela aranha
Na entrada de tal atalho
Continuando o trabalho
Seus fios tece, emaranha


Naquela trilha chegando
Um dos malfeitores diz:
"Vamos logo aqui entrando
Busquemos esse infeliz"
Outro discorda, dizendo:
"Amigo, não está vendo
Uma teia à nossa frente?!
Ninguém deve ter entrado
Nesse caminho indicado
Adiante, minha gente..."

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Adaptação de parábola

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