terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A GRANDEZA DO AMOR

Em mensagem aos Coríntios
Paulo fala em certa altura
Do sentimento que cura:
O sublime e lindo amor
Está na primeira carta
Vale dar uma espiada
Aqui trago adaptada
Em versos, caro leitor


Diz ele: "mesmo falando
Dos anjos, homens a língua
Ficaria sempre à míngua
Não tivesse amor em mim
Alguém deveras vazio
Porquanto seria igual
Aos sinos ou ao metal
Que tinem... Seria, sim


Ainda que possuísse
O profético talento
Tivesse conhecimento
Dos mistérios, da ciência
Se fé pra transpor os montes
Encerrasse aqui no peito
Seria um nada, imperfeito
Faltando amor na essência


Acaso distribuísse
Aos pobres minha riqueza
O meu corpo à pira acesa
Desse para ser queimado
Sem amor no coração
Nada me aproveitaria
A vida só tem valia
S'ele tiver instalado


O amor é sofredor
Uma chama benfazeja
Não contém em si inveja
Tampouco leviandade
Amor não é indecente
Seus interesses não busca
Toda irritação ofusca
E não cultiva maldade


Sendo amor puro, portanto
Cada injustiça rechaça
Porém, a verdade abraça
Tudo espera, crê, suporta
O amor nunca esmorece
Profecias aniquila
Cessa línguas, não vacila
Faz ciência coisa morta


Só conhecemos em parte
Em parte se profetiza
Teremos real baliza
Ao chegar a perfeição
Pois quando isso ocorrer
Da parte sem serventia
Considerada outro dia
É feita aniquilação


Nos meus tempos de menino
Como tal me comportava
Sentia e também falava
Apenas como criança
Chegando à idade adulta
Dessas coisas me desfiz
Pois já não sendo petiz
Pr'outro rumo a vida avança


Agora podemos ver
Contudo, sem nitidez
Como enigma talvez
Um retrato distorcido
Mas veremos face a face
Em plenitude, a verdade
Explorando a novidade
Do belo desconhecido


Dessa forma, meus irmãos
Permanece a esperança
Junto à fé, à confiança
E o amor, saibam de cor
Sejam também sabedores:
Desses pilares tão fortes
Que são pra jornada nortes
Amor é mesmo o maior"


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Baseado em 1 Coríntios 13

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