Doravante vou narrar
A saga desse sujeito
Um brilhante industrial
Pra ninguém botar defeito
O mencionado empresário
Celebrava aniversário
Seu dia foi desse jeito
Nem um cumprimento feito
Pelos seus entes queridos
Dos filhos, esposa ou mãe
Parabéns não são ouvidos
Nenhum presente ou cartão
Ou singela ligação
São a ele dirigidos
Homem dos mais deprimidos
Foi, tristonho, pra labuta
Ao chegar, da secretária
Ele, finalmente, escuta:
"Parabéns, chefe estimado"
E por ser felicitado
O seu semblante transmuta
Sua secretária astuta
No horário do almoço
Faz a seguinte proposta:
"Almocemos juntos, moço"
"Hoje é data especial
Escolhamos o local"
Ele diz, em alvoroço
A mulher era um colosso
Detinha beleza rara
Fez, decerto, acelerarem
Os batimentos do cara
Almoçam alegremente
Porém, ela não contente
Outra sugestão dispara
Atiçando a sua tara
Ela, faceira, convida:
"Vamos lá pra minha casa
Tomar alguma bebida
Poderemos relaxar
Essa tarde aproveitar
Pra data não ser perdida"
Ele vai, feliz da vida
Com sacanagem na mente
Chegando na casa, enfim
Ela diz suavemente:
"Aguarde, chefe adorável
Vou pôr algo confortável
E volto rapidamente"
Do quarto vêm, de repente
Com bolo e refrigerante
Seus filhos, mãe e mulher
E a funcionária importante
"Parabéns!" falam em coro
Contudo, faltou decoro
Desse aniversariante
Eis a cena hilariante:
O cara estava pelado
Só de meias no sofá
Deitadão, esparramado
Daquela 'celebração'
Divórcio e demissão
Foram, claro, o resultado
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Adaptação de piada
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