Seu dia já se aproxima
Assim, preparei a rima
Para colocar pra cima
Fazer uma exaltação
Carregada de emoção
A esse sublime ser
A mãe me fez escrever
Homenagem em quadrão
Zelo é marca registrada
Dessa guerreira citada
Mulher muito denodada
Não refuga n'aflição
Com grande satisfação
Abraço brava figura
Oh, mãe, doce criatura
Pra você faço um quadrão
Pra ninguém isso é segredo
É presente desde cedo
É firme como um rochedo
Dá carinho, educação
Extrema dedicação
Demonstra perenemente
Portanto, canto contente
A forte mãe em quadrão
Ela dá colo, acalanto
Amparo quando houver pranto
Toda hora, em todo canto
Estende, feliz, a mão
Esforços não mede, não
Pra dar aos filhos suporte
Cuidar bem é seu esporte
É merecido o quadrão
À avó, irmã ou tia
E outras mães no dia-a-dia
Meu louvor em poesia
Minha congratulação
Têm a legitimação
Pra ganhar neste momento
O singelo cumprimento
Feito em forma de quadrão
Nessa mina de bondade
Se o assunto é qualidade
Há, decerto, infinidade
Uma extensa relação
De sangue, de coração
Mãe é mãe de qualquer jeito
Finalizo aqui o preito
Parabéns, mãe, em quadrão!
UNIVERSO DO CORDEL
Um caldeirão de rimas
quarta-feira, 4 de maio de 2011
O RITUAL DA TUCANDEIRA
Vou pedir sua licença
Pra falar do ritual
Dum ambiente tribal
Na Amazônia Brasileira
Povo Sateré-Mawé
Aqui referenciado
Usa no fato abordado
A formiga tucandeira
Esse evento tem por fim
Fazer iniciação
Do garoto em formação
No universo masculino
O rapazinho, portanto
Deve passar pela prova
Pra ingressar em fase nova
Como homem, não menino
Tais insetos são bem grandes
Seu ataque é doloroso
Há de ser bem corajoso
O curumim em questão
Esse ritual consiste
Em levar várias picadas
Das formigas mencionadas
Sem fazer reclamação
Os jovens levantam cedo
E têm os braços pintados
Em seguidas são riscados
Pela própria mãe na tez
Usando um dente de paca
Ela risca até sangrar
É tradição no lugar
Eu asseguro a vocês
Pros guris porem a mão
Uma luva é construída
Ela com palha é tecida
Por tios maternos, padrinhos
No dia da cerimônia
De formigas recheado
Esse acessório é usado
Pelos vários indiozinhos
Na manhã do grande dia
As formigas da tortura
São postas numa tintura
De folhas de cajueiro
É um tipo de anestésico
Então, meio adormecidas
Elas são distribuídas
Em tal luva por inteiro
Quando o ritual começa
No embalo duma dança
Aquela outrora criança
Sente a dor descomunal
Assim é a transição
Pra outra etapa da vida
Cuja intenção perseguida
É ser guerreiro, afinal
A GUERRA DA BARBA
Navegando pela história
Pincei pitoresca guerra
Entre França e Inglaterra
Nos anos de mil e cem
Desperta mesmo atenção
O motivo do conflito
Curioso e esquisito
Vocês vão achar também
O rei francês Luiz Sétimo
Era com Eleanor casado
A ela um dote foi dado:
Terras de grande extensão
Tal monarca conservava
Uma barba bem comprida
Pela qual sua querida
Nutria grande afeição
Das cruzadas retornando
O rei deixa limpo o rosto
Provocando, assim, desgosto
De sua mulher amada
Desaprova a cara lisa
Essa mencionada dama
Do rei bastante reclama
Devido à barba raspada
Ela insiste com o rei
Pra deixar crescer o pêlo
Ele não ouve o apelo
Causa dissabor profundo
Descontente, tal senhora
De Luiz se divorcia
Casando depois, um dia
C'o rei Henrique Segundo
Das terras dadas por dote
Eleanor fez exigência
Encontrando a resistência
De seu antigo marido
Ele tinha se apossado
Daqueles mimos do sogro
Não esperava o malogro
Do casório contraído
Luiz, já contrariado
Com mencionado casal
Não cede ao grande rival
Declara guerra ao inglês
A Guerra da Barba, então
Seu começo teve ali
Foi desse jeito que li
Na rede, creiam vocês
Pincei pitoresca guerra
Entre França e Inglaterra
Nos anos de mil e cem
Desperta mesmo atenção
O motivo do conflito
Curioso e esquisito
Vocês vão achar também
O rei francês Luiz Sétimo
Era com Eleanor casado
A ela um dote foi dado:
Terras de grande extensão
Tal monarca conservava
Uma barba bem comprida
Pela qual sua querida
Nutria grande afeição
Das cruzadas retornando
O rei deixa limpo o rosto
Provocando, assim, desgosto
De sua mulher amada
Desaprova a cara lisa
Essa mencionada dama
Do rei bastante reclama
Devido à barba raspada
Ela insiste com o rei
Pra deixar crescer o pêlo
Ele não ouve o apelo
Causa dissabor profundo
Descontente, tal senhora
De Luiz se divorcia
Casando depois, um dia
C'o rei Henrique Segundo
Das terras dadas por dote
Eleanor fez exigência
Encontrando a resistência
De seu antigo marido
Ele tinha se apossado
Daqueles mimos do sogro
Não esperava o malogro
Do casório contraído
Luiz, já contrariado
Com mencionado casal
Não cede ao grande rival
Declara guerra ao inglês
A Guerra da Barba, então
Seu começo teve ali
Foi desse jeito que li
Na rede, creiam vocês
SALMO 30
Contigo, meu Pai, não falto
Orgulhoso, a ti exalto
Pois me exaltaste também
Tolhendo meus inimigos
De me infligirem castigos
Lutaste pelo meu bem
O meu clamor foi ouvido
Quando me viste ferido
Saraste, deste-me cura
Não me deixaste cair
Fizeste, Senhor, subir
Minh'alma da sepultura
És, Senhor, bendito Santo
Fazes jus a lindo canto
Em tua sacra memória
És, de fato, o Deus da vida
Promoves sempre acolhida
Tua ira é transitória
Poderá durar o pranto
A noite inteira, se tanto
Contudo, ao nascer do dia
Com os raios d'alvorada
Será, decerto, notada
A vinda dum'alegria
Na minha prosperidade
Digo com propriedade:
"Eu nunca vacilarei"
Seguindo, feliz, os trilhos
Que deseja pros seus filhos
O grande e Divino Rei
A graça dos céus me banha
Oh, Senhor minha montanha
Transformaste em fortaleza
Se Tua face se oculta
A perturbação se avulta
Em mim, com toda certeza
Supliquei, clamei choroso
Ao Criador Poderoso
Pela vida intercessão
Porque se na cova deito
Meu sangue e pó, sem proveito
Louvar não mais poderão
És jazida de bondade
Eu imploro piedade
Tua santa providência
Confio nesse cuidado
Espero ser ajudado
Sei que tens onipotência
A verdade toda é esta:
Tornaste meu choro festa
Não me deixaste ser triste
Escutaste a minha voz
Desataste, Pai, meus nós
De alegria me cingiste
Diante de tanto zelo
À minh'alma faço apelo:
"Não fique jamais silente
Ao querido guardião
Faça sempre louvação
De maneira contundente"
__________________________
Adaptação do salmo bíblico
Orgulhoso, a ti exalto
Pois me exaltaste também
Tolhendo meus inimigos
De me infligirem castigos
Lutaste pelo meu bem
O meu clamor foi ouvido
Quando me viste ferido
Saraste, deste-me cura
Não me deixaste cair
Fizeste, Senhor, subir
Minh'alma da sepultura
És, Senhor, bendito Santo
Fazes jus a lindo canto
Em tua sacra memória
És, de fato, o Deus da vida
Promoves sempre acolhida
Tua ira é transitória
Poderá durar o pranto
A noite inteira, se tanto
Contudo, ao nascer do dia
Com os raios d'alvorada
Será, decerto, notada
A vinda dum'alegria
Na minha prosperidade
Digo com propriedade:
"Eu nunca vacilarei"
Seguindo, feliz, os trilhos
Que deseja pros seus filhos
O grande e Divino Rei
A graça dos céus me banha
Oh, Senhor minha montanha
Transformaste em fortaleza
Se Tua face se oculta
A perturbação se avulta
Em mim, com toda certeza
Supliquei, clamei choroso
Ao Criador Poderoso
Pela vida intercessão
Porque se na cova deito
Meu sangue e pó, sem proveito
Louvar não mais poderão
És jazida de bondade
Eu imploro piedade
Tua santa providência
Confio nesse cuidado
Espero ser ajudado
Sei que tens onipotência
A verdade toda é esta:
Tornaste meu choro festa
Não me deixaste ser triste
Escutaste a minha voz
Desataste, Pai, meus nós
De alegria me cingiste
Diante de tanto zelo
À minh'alma faço apelo:
"Não fique jamais silente
Ao querido guardião
Faça sempre louvação
De maneira contundente"
__________________________
Adaptação do salmo bíblico
O SAPO E A ROSA
Era uma vez uma rosa
Uma flor demais formosa
A mais linda do jardim
Por isso se envaidecia
Muito contente, dizia:
"Todo mundo olha pra mim"
Começando a perceber
Que quem ia ali lhe ver
Ficava sempre distante
Indaga a si, pensativa:
"O que será que motiva
A conduta do passante?"
Deu-se conta certo dia
Era sua companhia
Que afastava a visita
C'o sapo grande ao seu lado
O povo muito assustado
Chegar perto dela evita
Ela nem alonga o papo
Chateada, diz pro sapo:
"Tu terás que ir embora"
O anfíbio entristecido
Humilde, acata o pedido:
"Neste instante, dou o fora"
Há tempos sem ver a flor
O bichinho saltador
Passando pelo local
Vê murcha a pobre coitada
Sem folhas, despetalada
Sem o brilho habitual
"O que aconteceu aqui
Estou com pena de ti
Por que estás assim, amiga?"
"Desde que daqui saíste
A vida tem sido triste
São ataques de formiga"
"Me comeram por inteiro
Foi-se a cor, a luz, o cheiro
Não serei mais como antes
Sou pura desolação
Não chamo mais atenção
De nenhum dos visitantes"
Fala o sapo, seu amigo:
"Quando eu vivia contigo
Devorava todas elas
Tu não foste molestada
Por isso eras destacada
A mais bela dentre as belas"
Eis uma grande lição
Na presente narração:
'Ninguém é superior'
Seja assombroso ou bonito
Está nessa estória dito:
'Cada qual tem seu valor'
_________________________
Adaptação de texto recebido por e-mail
Uma flor demais formosa
A mais linda do jardim
Por isso se envaidecia
Muito contente, dizia:
"Todo mundo olha pra mim"
Começando a perceber
Que quem ia ali lhe ver
Ficava sempre distante
Indaga a si, pensativa:
"O que será que motiva
A conduta do passante?"
Deu-se conta certo dia
Era sua companhia
Que afastava a visita
C'o sapo grande ao seu lado
O povo muito assustado
Chegar perto dela evita
Ela nem alonga o papo
Chateada, diz pro sapo:
"Tu terás que ir embora"
O anfíbio entristecido
Humilde, acata o pedido:
"Neste instante, dou o fora"
Há tempos sem ver a flor
O bichinho saltador
Passando pelo local
Vê murcha a pobre coitada
Sem folhas, despetalada
Sem o brilho habitual
"O que aconteceu aqui
Estou com pena de ti
Por que estás assim, amiga?"
"Desde que daqui saíste
A vida tem sido triste
São ataques de formiga"
"Me comeram por inteiro
Foi-se a cor, a luz, o cheiro
Não serei mais como antes
Sou pura desolação
Não chamo mais atenção
De nenhum dos visitantes"
Fala o sapo, seu amigo:
"Quando eu vivia contigo
Devorava todas elas
Tu não foste molestada
Por isso eras destacada
A mais bela dentre as belas"
Eis uma grande lição
Na presente narração:
'Ninguém é superior'
Seja assombroso ou bonito
Está nessa estória dito:
'Cada qual tem seu valor'
_________________________
Adaptação de texto recebido por e-mail
O MESTRE E O ESCORPIÃO
Certo mestre do oriente
Andava tranquilamente
Na beira dum riachão
Por ali acabou vendo
Nas águas se debatendo
Um pequeno escorpião
Querendo prestar ajuda
Ele sente dor aguda
Ao pegar dito animal
Notando que foi picado
Solta, de pronto, o danado
Que cai no mesmo local
Após outra tentativa
A criatura é nociva
Fere o mestre novamente
Alguém diz: "que teimosia
Mestre, gosta de agonia?
É bravio, não mais tente..."
Fala o mestre: "com certeza
É da sua natureza
Picar alguém que lhe encosta
É da natureza minha
Ajudar, camaradinha
Não se muda essa proposta"
Então, ele pega um galho
Pra completar seu trabalho
Pondo o bicho em segurança
Em terra firme coloca
Seu prazer isso provoca
Continua a sua andança
__________________________
Adaptação de parábola
Andava tranquilamente
Na beira dum riachão
Por ali acabou vendo
Nas águas se debatendo
Um pequeno escorpião
Querendo prestar ajuda
Ele sente dor aguda
Ao pegar dito animal
Notando que foi picado
Solta, de pronto, o danado
Que cai no mesmo local
Após outra tentativa
A criatura é nociva
Fere o mestre novamente
Alguém diz: "que teimosia
Mestre, gosta de agonia?
É bravio, não mais tente..."
Fala o mestre: "com certeza
É da sua natureza
Picar alguém que lhe encosta
É da natureza minha
Ajudar, camaradinha
Não se muda essa proposta"
Então, ele pega um galho
Pra completar seu trabalho
Pondo o bicho em segurança
Em terra firme coloca
Seu prazer isso provoca
Continua a sua andança
__________________________
Adaptação de parábola
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
A TEIA DE ARANHA
Um homem sofria horrores
Correndo de malfeitores
Por quem era perseguido
Se, quiçá, fosse alcançado
Tombaria assasinado
Portanto, viu-se perdido
Achando uma trilha estreita
O camarada aproveita
De sua estrada desvia
Entra logo na floresta
O desespero lhe infesta
Numa prece se alivia
Naquele estado cruel
Pede dois anjos do céu
Pra fecharem dita trilha
Daquele modo imagina
Modifica sua sina
Dos outros se desvencilha
C'os caras mais e mais perto
O homem vê, boquiaberto
Uma aranha bem pequena
Tecendo ali sua teia
Com medo, ele se aperreia
Por causa daquela cena
Com Deus fala novamente:
"Oh, meu Pai, Onipresente
Dois anjos foi meu pedido
Estou passando um apuro
Coloques ali um muro
Não me deixes ser vencido"
Muro não foi colocado
Ele contempla, assustado
Simplesmente aquela aranha
Na entrada de tal atalho
Continuando o trabalho
Seus fios tece, emaranha
Naquela trilha chegando
Um dos malfeitores diz:
"Vamos logo aqui entrando
Busquemos esse infeliz"
Outro discorda, dizendo:
"Amigo, não está vendo
Uma teia à nossa frente?!
Ninguém deve ter entrado
Nesse caminho indicado
Adiante, minha gente..."
_________________________
Adaptação de parábola
Correndo de malfeitores
Por quem era perseguido
Se, quiçá, fosse alcançado
Tombaria assasinado
Portanto, viu-se perdido
Achando uma trilha estreita
O camarada aproveita
De sua estrada desvia
Entra logo na floresta
O desespero lhe infesta
Numa prece se alivia
Naquele estado cruel
Pede dois anjos do céu
Pra fecharem dita trilha
Daquele modo imagina
Modifica sua sina
Dos outros se desvencilha
C'os caras mais e mais perto
O homem vê, boquiaberto
Uma aranha bem pequena
Tecendo ali sua teia
Com medo, ele se aperreia
Por causa daquela cena
Com Deus fala novamente:
"Oh, meu Pai, Onipresente
Dois anjos foi meu pedido
Estou passando um apuro
Coloques ali um muro
Não me deixes ser vencido"
Muro não foi colocado
Ele contempla, assustado
Simplesmente aquela aranha
Na entrada de tal atalho
Continuando o trabalho
Seus fios tece, emaranha
Naquela trilha chegando
Um dos malfeitores diz:
"Vamos logo aqui entrando
Busquemos esse infeliz"
Outro discorda, dizendo:
"Amigo, não está vendo
Uma teia à nossa frente?!
Ninguém deve ter entrado
Nesse caminho indicado
Adiante, minha gente..."
_________________________
Adaptação de parábola
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